Esse aí eu não lembro quando foi escrito. Faz teeeempo.
"
Aonde estamos indo, mamãe?
Ao parque, à praia, ao clube?
À vovó, ao zoológico, à piscina?
Estamos indo ao lago, ao jardim, à festa?
À praça, ao circo, jogar bola no vizinho?
Será à loja de brinquedos, à escola ou à floresta?
Ou quem sabe ao “fliper”, ao rio, ao pedalinho?
Conte-me logo, que logo me anima
Saber pra onde vamos.
Iremos ver as estrelas na colina
Ou visitar meu amiguinho que faz anos?
Não, meu filhinho.
Hoje o palhaço do circo não tem graça
Não vamos andar de pedalinho
Nem brincar de balanço na praça.
Hoje não vamos nadar no lago frio
Hoje é folga na escola.
Hoje não iremos pescar no rio
Hoje não podemos jogar bola.
Nós vamos a um lugar muito bonito
Mas muito triste e muito sério
Um lugar bem longe e bem perdido
Que se chama cemitério
O que é cemitério, mamãe?
O cemitério é a casa dos defuntos
É pra lá que vamos, meu filhinho.
Conheceremos o lugar juntos
Mas você vai voltar sozinho.
Mas mamãe!
Sabe que temo por sozinho estar
Sabe que minha alma a solidão arrasa.
Mamãe, como sairei de lá?
Eu não sei voltar pra casa.
"
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
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5 comentários:
que triste!
Acho curioso você dizer que remexe velharias, porque seu poemas - pra mim - são novidades, surpreendentes, confesso.
esse aí doeu. Deve ser catarse.
putzgrila!!
Me fez chorar...
"qualquer semelhança é mera coincidência" (me fez lembrar os últimos acontecimentos)
bjsssssss, bê!
Sim, sei q pessoas te disseram, e sim não senti tristeza profunda, talves saibas porque, se não e se quiseres podeis me perguntar, mas tudo o q posso dizer sobre o q li é:
Apesar dos buracos, muros e rios q encontramos pela frente, sempre arrumamos terra, corda e barcos.
Pq se assim naum fosse assim naum seriamos.
E é verdade, escreves muuuuito, com 4 "u"s!!
Abraço
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