Ela, poetisa do acaso
Ele, vigia das coincidências
Ela passava as noites assim:
Decifrar personagens inexistentes
Roubar exclamações nunca ditas
Pintar castelos invisíveis
Inventava um mundo sem nome.
Ele bebia em seus lábios
Cada palavra
Ingênuo, sonhava ser
Cada quimera
Vestia os nomes
De cada anônimo
Que dela surgia.
Ela, poetisa do acaso
Ele, vigia das coincidências
Ela divertia-se
O universo explorava
Com tinta, papel e
Nenhuma pretensão
Ela era um caminhar em frente
Sem olhar para os lados.
Ele subia nas árvores
E a via passar
Contava-lhe os passos
Era-lhe chão e mar
Esbarrava nela de longe
Anunciava-lhe com mudez
A sua esperança.
Ela, poetisa do acaso
Ele, vigia das coincidências
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
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