segunda-feira, março 13, 2006

Pequena parábola - Parte II

... o Remela foi brincar na casa do Pedrinho. O Remela... Bem, o Remela era o grandalhão da vila, e, como todo grandalhão das histórias, sua burrice era do tamanho da sua força, que era impressionante. Admirável também era a quantidade de secreções que saíam de seus olhos, nariz e ouvidos, e o que ele fazia com elas. As garotas não gostavam nem um pouco, mas quem liga pra elas?

Aproveitando-se da “lentidão” do vizinho, Pedrinho logo convenceu-o da inferioridade tecnológica de seu exército, que, apesar de contar até com o último modelo de helicóptero de combate, não tinha o “plus a mais” proporcionado pelos engenheiros químicos do inimigo. A tropa do Remela foi trucidada rapidamente. Turbinada pelo “combustível atômico” Aerolin, a cavalaria blindada de Pedrinho agiu com uma mobilidade de dar inveja a Rommel. Logo Remela foi cercado, e sua superioridade aérea não pôde fazer nada contra as rajadas de Rinossoro da artilharia antiaérea do adversário. Uma vitória decisiva.

Atônito, o Remela olhava para o campo de batalha. Perto de um dos pés da mesa de centro, jazia o todo-poderoso helicóptero, que ganhara no último Natal; não houve sobreviventes. Enquanto isso, no acampamento adversário, os médicos aplicavam comprimidos de Claritin D nos ferimentos dos soldados, que logo ficavam de pé. Assombrado, o Remela perguntou: “Onde você arranjou isso tudo?”. “Segredo de Estado, Remela”, Pedrinho respondeu, sorrindo. “O que eu não daria pra ter um arsenal desses também...”, suspirou o Remela, enquanto guardava, sem o menor cuidado, seu helicóptero de volta na caixa. “!”, acendeu-se a luzinha na cabeça do Pedrinho, que teve sua primeira grande idéia. “Você é um gênio, Remela!”.

3 comentários:

Anônimo disse...

"!"
Boa batalha.

Anônimo disse...

rs... deve ser assim mesmo que começa.

Anônimo disse...

rs... deve ser assim mesmo que começa.