No escuro do quarto
Piscou o vaga-lume.
Voou, sobrevoou, revoou.
Iluminado pela fraca luzinha,
O menino esboçou um sorriso;
Nos seus olhos viam-se lágrimas.
Lágrimas verdes
O inseto era a única luz que havia.
Lá fora não tinha lua
E a janela estava fechada.
Também verde como o vaga-lume.
Este se aproximou e piscou outra vez
Tão perto que lhe beijou a testa.
O certo é que sabia beijar as testas de meninos tristes.
As lágrimas verdes desceram pelo rosto verde,
E o menino, já todo verde,
Quis perguntar ao vaga-lume
Algo de que não sabemos.
Talvez nem ele soubesse;
O certo é que o vaga-lume apagou
E a escuridão voltou.
Um comentário:
o vaga-lume sempre apaga, e a escuridão sempre volta.
sou a irmã da ana caroll (uff) e adorei a poesia!
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