Das dores que rodeiam o mundo, a mais escurecedora é a decepção. Que sejamos surrados, escorraçados, esfolados e traídos! Que a luz do sol nos queime, mas que venha o sol como o conhecemos, todas as manhãs. E que não olhemos espantados e entristecidos quando for meio-dia e a noite continua a brincar pela janela.
Todas as dores do mundo nos são impostas, de cima a baixo, como um martelo invisível e amargo. Menos a decepção. Essa explode de dentro pra fora, rasga tecidos, adormece a mente. Não é grande. Não é sequer uma dor. É um desalinho, somente. Um suspiro, e uma certeza de que no fundo estamos todos sozinhos.
quarta-feira, julho 18, 2007
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