domingo, janeiro 28, 2007

Dois mundos

Ela passa mulher na calçada
Todas as sombras abrindo caminho
Onde pisa só pode haver luz
Que a vida não esconde o que é lindo

E mil poetas cantarão sua beleza
Outros tantos sorrirão com tristeza
Ao ver a mulher do mundo passar

Há o fascínio nos olhos
Até os cegos podem vê-la a andar
Há o sublime do corpo
É a mulher de todos que podem sonhar

Em seu caminhar descuidado
Não percebe da cidade os desejos.
Espalha à vontade os encantos
Mas reserva para si seus segredos.

Ah! Dono da sorte do mundo
Eu que a vejo menina.
Eu que ouço em seus olhos
Perdidas canções infantis.
Eu que pude ler em seus lábios
O amor de criança
Seus pés sujos de doce e de dança
Sou dono do seu segredo de atriz.

2 comentários:

Anônimo disse...

passeando por outros caminhos, bernardo? eu diria que com muita propriedade.
muito bem engendrado.

Verônica disse...

Ver estrelas de cabeça pra baixo tem rendido bons frutos, hein? e eu continuo com minha questão da criação e inspiração.... e você, pra me confundir, muda de "modalidade"? Assim não dá!
heheheh
Gostei... transitas bem por aí também...