quarta-feira, agosto 08, 2007

Dêem-me adjetivos

Dia desses acordei e percebi tudo o que tu esperavas de mim. Hoje sou capaz de acordar vestindo a máscara do teu sonho da noite que passou. Digo o que quiseres, da forma que quiseres, tu pedindo ou não. Eu adivinho a tua chuva. Sou o calo que dói quando o tempo vira.

Cuidado comigo. Pois não tenho propósito a não ser saber de tudo. Sou automático, leio-te sem nem pensar. Faço tudo isso com um sorriso impresso nos olhos. Não me chamo cruel nem cínico. Sou o bruxo dos teus sonhos. A peste que virou entranhas. Sou aquele que vais amar, e que vai partir teu coração. De antemão. Pago adiantado tuas contas de dor e alegria.

Um comentário:

Bruna Maria disse...

Gosto da sinceridade desse segundo parágrafo. Ele é como tudo o que as pessoas escondem das outras com quem se relacionam ou começam a se relacionarem.
Pelo menos há pagamento de conta de alegria nesse sujeito, não só de dor. Diminui uma impressão de festival de quebra de corações, o que já é um começo.